sexta-feira, 13 de julho de 2012

O PIBINHO E AS CRIANCINHAS

No Chile, apenas 0,5% das crianças abaixo de cinco anos tem peso abaixo do normal. No Brasil, a porcentagem é quatro vezes maior (2,2%)

Na coluna do jornalista Clóvis Rossi, hoje, no portal do jornal Folha de S. Paulo na Internet, com o título acima:

Concordo inteiramente com a presidente Dilma Rousseff quando ela diz que um país deve ser medido não pelo seu PIB (Produto Interno Bruto, medida de tudo o que produz), mas pelo que faz "para suas crianças e adolescentes".

Pena que, medido por esse metro, o Brasil seja um dos mais redondos fracassos da história. Começa pela vergonhosa 87ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, absurdamente incompatível com a muito cacarejada sexta colocação no ranking de PIBs. 

Desnecessário lembrar que o IDH, como pede Dilma, mede riquezas (em educação e saúde, por exemplo) que vão muito além da riqueza física. Aliás, sempre que saem ranking globais na área social, o Brasil passa vergonha.

Espicaçado pelo metro desejado pela presidente, fui comparar alguns indicadores específicos para crianças/adolescentes. Utilizei, para ganhar tempo, um aplicativo para IPad que lista "Indicadores Globais de Desenvolvimento" e permite comparações com outros países, quase todos os do mundo. Desprezei as comparações com países desenvolvidos nas quais o Brasil leva uma surra de dar vergonha, como todo mundo sabe. Procurei apenas os vizinhos, cujos PIBs são bem inferiores ao do Brasil.

Exemplo talvez mais gritante: o Chile, cujo PIB é um décimo do brasileiro. Não obstante, uma criança que nasça no Chile tem a expectativa de viver 79 anos, ao passo que no Brasil a expectativa fica em 73 anos.

Pulemos para desnutrição: no Chile, apenas 0,5% das crianças abaixo de cinco anos estão com peso abaixo do normal. No Brasil, a porcentagem é quatro vezes maior (2,2%).

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